Sujeira, lixo e a imagem de uma cidade abandonada foi apresentada ao país esta semana, no quadro JN no Ar, do Jornal Nacional. Na série, o noticiário apresenta as cidades que sabem dar o destino certo ao lixo. Itabuna, localizada a 426 km de Salvador e com pouco mais de 200 mil habitantes segundo dados do IBGE/2010 está na lista e na realidade dos municípios que não possuem aterros sanitários. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Urbana, três de cada dez cidades brasileiras destinam seus detritos para lixões.
Sem nunca possuir um aterro controlado - quando se monitora os gases e o chorume ( Efluente líquido proveniente dos vazadouros de lixo) - a população se viu exposta ao descaso público. "Estamos fazendo a nossa parte e até 2014 teremos o nosso aterro", afirmou José Alberto Alencar, secretário de Desenvolvimento Urbano.
Segundo ele, em outubro do ano passado, a prefeitura assinou um convênio com a Caixa Econômica Federal, representando o Ministério das Cidades, no valor de R$ 1,1 milhão destinados ao Plano Municipal de Saneamento Básico, referentes ao cumprimento da Lei de Resíduos Sólidos 12302, de agosto de 2010, quando todas as cidades passaram a ser obrigadas a ter um aterro sanitário até 2014. "Estamos dentro do prazo. Na segunda-feira (15) iremos organizar o edital para abrirmos licitação", disse o secretário, afirmando já haver um projeto para este aterro.
Descaso
Na série do Jornal da Nacional, ficou constatado que o descarte do lixo não é um problema apenas da empresa de coleta ou da secretaria responsável pela limpeza urbana. Pára-choque de carro, móveis velhos, cacos de azulejo: é isto que se vê logo na entrada da cidade. A pista do aeroporto de Itabuna está desativada há mais de dez anos. Esta virou um ponto de descarte irregular de lixo. Até a prefeitura decidiu que esse era um bom lugar para deixar os restos de uma obra que está sendo feita em um canal da cidade.