O sisal, uma das plantas símbolo de resistência e adaptação à
seca, está sofrendo com a estiagem prolongada, deixando as regiões produtoras
com estimativa de perda de 75% da produção em 2013. Em 2011 a produção foi de
79.470 toneladas, número que caiu em 2012 para 48.690 toneladas, representando
perda de 38,7%.
O secretário estadual da Agricultura, Pecuária, Irrigação,
Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura (Seagri), engenheiro agrônomo Eduardo
Salles, convocou a Câmara Setorial Estadual de Fibras Naturais, da qual é
presidente, para debater a questão, com a participação da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab).
Buscando alternativas para o escoamento do que ainda está
sendo produzido, a Câmara Setorial discutiu e encaminhou solicitação para que o
governo federal publique portaria interministerial (Fazenda, Planejamento e
Agricultura) autorizando a comercialização do sisal da Bahia, através dos
instrumentos da Política de Garantia de Preços Mínimos, denominados Pepro
(Prêmio Equalizador Pago ao Produtor), Pep (Prêmio para Escoamento de Produto),
e AGF (Aquisição do Governo Federal).
A superintendente da Conab na Bahia e Sergipe, Rose Pondé,
que participou da reunião da câmara setorial ao lado do secretário estadual da
Agricultura, afirmou que encaminhará e defenderá a solicitação à presidência do
órgão, em Brasília.
Entre as propostas discutidas durante a reunião, que além do
secretário e da superintendente da Conab contou com as presenças de
representantes de todos os elos da cadeia do sisal, a câmara setorial indicou a
recuperação das áreas de produção, com frentes de trabalho para garantir renda
ao pequeno produtor, e montagem de cinco usinas experimentais de beneficiamento
concentradas.
De acordo com Wilson Andrade, secretário Executivo da Câmara
Setorial de Fibras Naturais, a região sisaleira está sendo duramente atingida
pela seca prolongada, situação que pode se agravar se não chover nos próximos
dias. Tribuna da Bahia/Foto: Google.