Foto: Reprodução/Rede Globo
Um esquema de irregularidades
baseado em cobrança de propinas por parte de cooperativas médicas que atuam no
estado da Bahia, entre elas a Coopermed, Cooperlife e Pró-Saúde – as duas
últimas inclusive sem autorização para funcionar – foi revelado neste domingo
(8) pelo Fantástico, da Rede Globo, que ocupou duas salas de um prédio
comercial em Salvador e fez um repórter se passar por representante de um grupo
de prefeituras.
No período, o jornalista recebeu várias propostas irregulares
de cooperativas médicas e organizações que atuam na área da saúde. Todas as
conversas foram gravadas por câmeras e microfones escondidos. Um dos casos
mostrados foi da Cooperativa Baiana de Saúde (Cooba), contratada por sete
municípios do estado, entre eles Araci. O repórter pede que Cláudia Gomes,
diretora da entidade, considere um hospital com folha salarial de R$ 500 mil e
pergunta o valor total do contrato.
A executiva soma a folha, os impostos e a
taxa administrativa da cooperativa. Em seguida, aparece a propina incluída no
cálculo: “O contrato seria no valor de R$ 735 mil: R$ 500 mil é de folha. A
gente paga a folha, o resto a gente paga de imposto e tem 7% da taxa administrativa.
Desse valor aqui, se você quiser, dá para a gente botar 10% em cima de cada
contrato”. Em 2012, o governo federal aplicou quase R$ 38 bilhões na saúde dos
municípios brasileiros, dos quais R$ 16 bilhões em atendimento básico até o
final do ano. Os recursos entram direto nas contas das prefeituras e a maioria
decide usar o dinheiro na contratação de cooperativas médicas e organizações
sociais, para que estas se encarreguem do serviço de saúde.
Fonte: Bahia Notícias