Uma votação realizada na tarde desta quarta-feira, 27, com diferença de apenas quatro votos determinou que a greve deflagrada desde o dia 11 de Novembro, continue.
Todo o impasse gira em torno de cortes salariais e vantagens decretadas pela administração do prefeito Sivaldo Rios, assim informa a APLB Sindicato. Por outro lado a administração informa que por conta do plano de cargos e salários, votado em Maio de 2010, está faltando recursos para cobrir a folha de pagamento. Impasse esse que vem gerando um grande mal estar no seio da educação de Capim Grosso, colocando em cheque o fim do ano letivo, uma situação que vem deixando pais e alunos bastante preocupados.
Na votação entre a diretoria e membros da comissão de greve, oito professores votaram pela continuação da greve e sete votaram pelo fim da greve. Na votação em plenário cinqüenta e um professores votaram pela continuação da greve, contra quarenta e sete a favor do fim da grave.
Na proposta apresentada pela administração municipal, a diferença de Outubro seria pago em Janeiro de 2014, o salário de Novembro seria pago metade agora e metade em Fevereiro de 2014, o salário de Dezembro seria pago integral, o 13º salário, 50% agora, sendo que a outra metade ficaria também para Janeiro, 1/3 de férias em Janeiro e mais: a administração não cortaria os dias de greve, por fim a construção de um novo calendário para a reposição das aulas. A proposta foi rejeitada pela categoria com apenas quatro votos de diferença a favor da continuação da greve. A diretora da APLB e todos aqueles que votaram pela continuação da greve pede pelo pagamento integral de todos os direitos neste ano de 2013, ou seja: nada de deixar pagamentos para 2014.
Participou também da assembléia, o diretor da executiva sindical da APLB, o professor de matemática, José Dias, que mediou as negociações na assembléia. Em entrevista ao Jornal Transamérica 2ª edição, o mesmo colocou que falta recursos para atender o que pede a folha, mas a categoria é soberana para decidir pela continuação ou pelo fim da greve. Falou que o salário é sagrado, assim como 13º salário e que é preciso dialogar mais para resolver a situação que já é considerada bastante grave.
Um mandado de segurança foi impetrado pela APLB, perante a justiça local e de acordo com informações a decisão judicial deverá estar sendo anunciada na próxima semana. Enquanto isso a greve continua, com o fim do ano letivo ficando cada mais distante de sua conclusão.
Texto: Arnaldo Silva/Foto: APLB Sindicato.