Menos de dois meses após dizer
que havia perdido a admiração política pelo governador Jaques Wagner, o
pedetista Marcelo Nilo, presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, parece
ter selado de vez a paz com o chefe do Executivo baiano. Preterido na disputa
para ser vice na chapa encabeçada pelo petista Rui Costa, Nilo chegou a dizer,
no final de março, que a “lealdade havia perdido para chantagem”, ao comentar a
escolha do deputado federal João Leão (PP) como candidato a vice-governador.
Chamou ainda o pepista de “vendedor de fumaça” e o acusou de trocar de lado
“umas dez vezes”. Ao discursar na noite desta segunda-feira (12), em ato que
formalizou o apoio do PDT à candidatura de Rui, Nilo elogiou a todos os
componentes da chapa – Leão foi definido como “um dos deputados que mais
ajudaram a Bahia, trazendo recursos”. O pedetista voltou a falar da vontade que
tinha de disputar o governo e, depois, de compor a chapa. No entanto, colocou o
assunto como um caso superado. “Não posso deixar de dizer que achamos estranho
o PDT não estar na chapa. Mas um acidente de percurso não vai manchar a nossa
história. [...] Queria ser candidato a governador, mas não criei as condições
necessárias. Agora, serei soldado número um da campanha de João Leão e Rui
Costa”, prometeu.