O Conselho de Administração da
Petrobras deve se reunir hoje para tratar, entre outros assuntos, da decisão
sobre o reajuste nos preços da gasolina e do diesel. Com a queda dos preços
internacionais do petróleo, a expectativa é de que o aumento seja modesto,
entre 4% a 5%, de acordo com informações divulgadas ontem pelo jornal Valor
Econômico.
Tão importante quanto o aumento
em si seria, segundo fontes, o governo Dilma Rousseff tratar a questão dos
combustíveis sob um novo parâmetro, de reajustes automáticos em função da
variação dos preços internacionais do óleo. Isso não deve ser decido no
encontro de hoje. O último reajuste da gasolina, de 4% nas refinarias, ocorreu
em novembro do ano passado.
No mesmo anúncio, o diesel foi
reajustado em 8%. A alta maior do diesel deixou o produto com defasagem menor,
em relação ao exterior, que a verificada na gasolina. Em novembro do ano
passado, a Petrobras vendeu o diesel por um valor 15% menor do que o pago no
exterior para abastecer o mercado interno, nas contas da GO Associados.
Na média de agosto deste ano,
antes de o preço do petróleo ter a maior queda nos últimos quatro anos, a
diferença estava em 5%. Com a gasolina,
o cenário ficou mais negativo ao longo de 2014. Em novembro de 2013, a defasagem
estava em 11%.
Em setembro último ela havia
crescido três pontos percentuais. Como o preço do barril de petróleo recuou
mais de dez pontos percentuais em outubro, a Petrobras ganhou uma folga na
defasagem. Na média do mês passado, ela estava, para a gasolina, em 2%.
O conselheiro da Petrobras Sílvio
Sinedino, representante dos empregados no Conselho de Administração da estatal,
disse, na quarta-feira, que acredita ser difícil que o reajuste da gasolina
seja decidido hoje. “Vamos começar a discutir a questão de preço, mas acho que
está muito cedo. O governo ainda está sentando a poeira (depois das eleições)”,
disse.