A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou,
nesta quinta-feira (9), dois casos de chikungunya em Salvador. As ocorrências,
porém, são consideradas pela SMS como "importadas", pois os pacientes
foram infectados em Feira de Santana, enquanto visitavam parentes.
Os dois homens, de 35 e 36 anos, são moradores do
bairro da Barra e passam bem, não demonstrando estar sofrendo de graves
consequências da infecção. Apesar disso, eles estão sob monitoramento da SMS.
Até então, foram notificados 23 casos de
chikungunya em Salvador. Destes, sete foram descartados por exames
laboratoriais, dois estão confirmados e os 14 restantes estão em fase de
análise.
Em combate à proliferação da doença, agentes de
endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) têm realizado ações de
bloqueio, nas regiões com casos suspeitos e confirmados, para detectar e
exterminar possíveis focos dos mosquitos transmissores da chikungunya (Aedes
aegypti e o Aedes albopictus).
O CCZ tem intensificado, ainda, visitas
domiciliares para combater os insetos, buscando possíveis focos em terrenos
baldios e realizando ações educativas para orientar os moradores para evitar
novos focos.
Os casos de chikungunya poderão ser atendidos nos
postos da atenção básica da rede municipal, não sendo necessário recorrer a
hospitais, já que os sintomas são os mesmos da dengue, como dores de cabeça e
nas articulações, febre e vermelhidão na pele.
Ainda nesta quinta, a SMS capacitou cerca de 160
profissionais dos setores de urgência e emergência, vigilância epidemiológica e
atenção básica sobre a classificação de risco e manejo do paciente com suspeita
desse agravo.
Secretaria
Municipal de Saúde diz que Feira já tem 156 casos de febre Chikungunya
A Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana
informou que até este dia 4 de outubro confirmou 156 casos da febre Chikungunya
na cidade. O número é quase cinco vezes maior do que o apresentado na última
semana em boletim do Ministério da Saúde. A Secretaria da Saúde do Estado da
Bahia (Sesab) não confirma o número e diz que aguarda novo boletim do
ministério.
Segundo o boletim da Secretaria de Feira, dos 156
casos registrados entre 6 de julho e 4 de outubro, todos são autóctones, ou
seja, de pessoas que não viajaram para fora do país. Destes, 19 foram
confirmados em laboratório e 137 por critério clínico. Outros 21 casos foram
confirmados e 585 continuam em investigação. As informações foram divulgadas
nesta terça-feira (7).
Vírus
A febre Chikungunya é causada por um vírus do
gênero Alphavirus e transmitida pelos mosquitos Aedes Aegypti (transmissor da
dengue) e Aedes Albopictus. Febre alta, dor muscular e nas articulações, dor de
cabeça e erupções cutâneas são os sintomas da doença e costumam durar de três a
10 dias.
O tratamento é feito com paracetamol, hidratação
adequada e repouso. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus
foi identificado em 19 países já em 2004. No final de 2013, foram registrados
casos em países do Caribe e, em março de 2014, na República Dominicana e Haiti.
Nos meses seguintes, países da América Central e da
América do Sul, inclusive os que fazem fronteira ao norte com o país, também
registraram surtos de Chikungunya.
O Ministério da Saúde e a Secretaria da Saúde do
Estado (Sesab) acreditam que o vírus chegou em Feira de Santana através de
algum brasileiro que viajou pela América Central ou Caribe. Essa pessoa deve
ter sido picada no exterior, contraiu o vírus e foi picada novamente em Feira.
Esse último mosquito, então, picou outra pessoa.
Nos casos de doença, o recomendado é manter a hidratação dos doentes e
comunicar imediatamente aos órgãos públicos, através dos números 136 ou 0800
644 6645.
