O Ministério da Saúde autorizou,
em publicação do Diário Oficial da União desta segunda-feira (10), repasse de
R$ 1,6 milhão para ações emergenciais de controle e prevenção da dengue,
chikungunia e zika vírus na Bahia. De acordo com o último boletim da Secretaria
de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), publicado na última quinta-feira (6),
foram registrados 53,5 mil casos suspeitos de dengue, 41,6 mil de zika vírus e
11,7 mil de chikungunya entre janeiro e o começo de agosto. As três doenças já
compõem uma tríplice epidemia no estado. À Agência Brasil, a superintendente de
Vigilância e Proteção à Saúde, Ita de Cácia, afirmou que o repasse de recursos
foi em resposta a uma solicitação do governo do Estado, a partir da necessidade
de melhorar as ações de enfrentamento à doença. Ao todo, foram solicitados ao
Ministério da Saúde R$ 15 milhões para realizar ações que incluem compra de
teste rápido para detecção da febre chikungunya e de material para o controle
do Aedes aegypti, mosquito transmissor das três doenças. Para Ita, entre as
ações emergenciais necessárias está promover a capacitação de profissionais de
controle de endemias e profissionais de saúde dos municípios para que casos
graves sejam imediatamente identificados e tratados. "Esses recursos são
necessários não só por conta da dengue, mas pelas outras duas epidemias que
estão em curso. Se fossemos somar os casos das três, que são transmitidas pelo
mesmo vetor, daria um número muito grande. Nós não conhecemos bem ainda como a
chikungunya e a Zika vírus vão se comportar. Tanto que, em relação à zika, logo
no início, achamos que seria uma virose mais branda. Foi quando começaram a
aparecer os casos de complicações neurológicas", explicou a
superintendente, referindo-se aos casos da Síndrome de Guillain-Barré que
surgiram principalmente entre pessoas que tiveram antes sintomas de doenças
causadas pelos vírus. Até o momento, a Sesab notificou 57 casos da síndrome. BN