Um dos dirigentes peemedebistas
mais próximos do vice-presidente Michel Temer, o ex-ministro Moreira Franco
disse nesta sexta-feira (18) que a reunião do diretório nacional do PMDB
marcada para o próximo dia 29 vai aprovar rompimento com o governo da
presidente Dilma Rousseff. Em sua conta no Twitter, escreveu: "O sentido
de urgência do PMDB é conectado à vontade do povo. No passado foi assim. Agora,
na saída de Dilma também. Terça, 29, vai decidir rompimento". "A
tendência é de rompimento, acho que se consolidou. É só você olhar as
ruas", disse Moreira à reportagem, em referência aos protestos contra o
governo e o PT. "O PMDB tem o sentido da urgência, anda de acordo com a vontade
popular", afirmou. Questionado sobre como será, na prática, o rompimento
com o governo, o ex-ministro disse que esse tipo de decisão será tomada pelo
diretório nacional. "Romper é romper", declarou. Em convenção
realizada no sábado (12), o PMDB optou por um prazo de trinta dias para decidir
se continuará aliado ou se romperá com o governo. No entanto, o agravamento da
crise, motivado pela divulgação de grampos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, levou o partido a antecipar a reunião. Na quinta (17), o comando do PMDB
decidiu não participar da posse conjunta de Lula na Casa Civil, do deputado
Mauro Lopes (PMDB-MG) na Secretaria de Aviação Civil e do procurador Eugênio
Aragão no Ministério da Justiça. A ida de Lopes para o governo aconteceu à revelia
da decisão da convenção nacional do partido, que proibiu os filiados a
assumirem cargos no governo. O novo ministro da Aviação Civil deverá ser
expulso do PMDB. BN