Com o corte no orçamento da
Justiça Eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não terá recursos
suficientes para conduzir as eleições municipais deste ano. O orçamento
previsto era de R$ 750 milhões, mas foram cortados 35%, que reduziram a verba
em R$ 256,6 milhões. De acordo com a coluna Mônica Bergamo, o ministro Gilmar
Mendes, que assume a presidência do TSE na quinta-feira (12), afirmou que a
situação é grave e precisa ser resolvida "com urgência", ou as
eleições serão ameaçadas. O ministro afirma que a equipe do TSE não tem
interlocução com o governo, pois boa parte dos dirigentes de órgãos do
Executivo, com o impeachment, já está deixando seus cargos. Ainda segundo a
colunista, os parlamentares fizeram um corte ordinário no orçamento do TSE de R$
234 milhões, suspendendo contratações e verbas previstas para investimentos. Na
época em que reduziram as verbas do tribunal, eles triplicaram os recursos do
fundo partidário, que saltou para cerca de R$ 800 milhões. No ano passado, no
período em que foi anunciado o contingenciamento, a Justiça Eleitoral afirmou
que o corte poderia inviabilizar as eleições de 2016 com urnas eletrônicas e
que o pleito poderia ser realizado com cédulas de papel.