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sábado, 5 de setembro de 2020

Bolsonaro reduz para R$ 1.067 proposta de salário mínimo, sem aumento real

 

O governo Jair Bolsonaro (sem partido) enviou ao Congresso Nacional uma proposta de salário mínimo de R$ 1.067 em 2021, deixando o mínimo sem aumento real pelo segundo ano seguido. A projeção faz parte do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual). Em relação aos atuais R$ 1.045, o aumento é de R$ 22, valor que deve apenas repor a inflação projetada para 2020, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 2,09%. Na prática, significa que o salário mínimo ficará sem aumento por dois anos.

A previsão de valor do salário mínimo em 2021 é R$ 12 menor que a apresentada no PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias). Quando enviou a proposta ao Congresso, em 15 de abril, o governo estimou que o piso salarial em 2021 seria de R$ 1.079, devido à projeção de 3,29% para o INPC à época. Aumento real acabou no ano passado De 2007 a 2019, a lei garantia que o salário mínimo tivesse aumento real, acima da inflação, sempre que houvesse crescimento econômico, dentro da política de valorização do salário mínimo das gestões petistas.

Essa fórmula de cálculo levava em conta a inflação do ano anterior, medida pelo INPC, mais o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. A fórmula perdeu validade no ano passado, e o governo Bolsonaro decidiu não substituí-la por outra política para o salário mínimo. Com isso, o governo passou a apenas reajustar o mínimo apenas pela inflação, obedecendo o que determina a Constituição.https://economia.uol.com.br/