O relator-geral do Orçamento,
deputado Hugo Leal (PSD-RJ), aumentou levemente a previsão do salário mínimo
para 2022, de R$ 1.069 para R$ 1.210, acompanhando uma nova estimativa da
inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
O valor consta do parecer final
divulgado na madrugada desta segunda-feira (20). A previsão inicial era que o
texto fosse votado nesta segunda-feira (20), mas, devido a divergências sobre
valores destinados à Educação e em meio à pressão da segurança pública para
reajuste salarial, o texto só deve ser apreciado na CMO (Comissão Mista de
Orçamento) nesta terça (21).
A conta do reajuste considera que
a inflação medida pelo INPC será de 10,18% em 2021 –sem ganho real para o piso
nacional, portanto.
A Constituição determina que o
salário mínimo deve garantir a manutenção do poder de compra do trabalhador.
Por isso, o valor tem que ser corrigido pela inflação.
Em agosto, o governo previa um
valor um pouco menor ao considerar uma inflação defasada. Na época, a estimativa
era que o valor subisse para R$ 1.170 no próximo ano.
O ministro Paulo Guedes
(Economia) afirmou em 2020 que conceder um aumento maior no salário mínimo
geraria demissões e condenaria pessoas ao desemprego. Segundo o ministro, é
preciso "ter cuidado" com a hora para fazer esse tipo de ajuste.
"Você está no meio de uma
crise de emprego terrível, todo mundo desempregado. Se você dá um aumento de
salário, você vai condenar as pessoas ao desemprego. Então, nós temos que ter
cuidado." Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.100 e foi reajustado no
ano passado considerando a inflação do ano anterior.