A
Polícia Federal levou aproximadamente 14 horas e precisou de sete máquinas para
terminar de contar a dinheirama, entre reais e dólares, encontrada no
apartamento de Silvio Silveira, que teria cedido o local para que o ex-ministro
Geddel Vieria Lima guardasse os pertences de seu pai já falecido. No
"bunker" localizado no bairro da Graça, em Salvador, a somatória
impressiona tanto quanto a foto das oito malas e seis caixas que guardavam o
'tesouro': R$ 42 milhões mais US$ 2,688 milhões: R$ 51 milhões no total.
Trata-se da maior apreensão em dinheiro já realizada no Brasil.
Geddel,
que já foi ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer, cumpre
prisão domiciliar na capital baiana, a pouco mais de 1 km de onde foi
encontrado o dinheiro. Ele é também é suspeito de ter recebido cerca de R$ 20
milhões em propina de empresas interessadas na liberação de financiamentos na
Caixa Econômica Federal (CEF), banco no qual o ex-ministro foi vice-presidente
de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013, no governo da ex-presidente Dilma
Rousseff. A localização do “bunker” foi possível após investigações nas últimas
fases da Operação Cui Bono, que apura o envolvimento do ex-ministro.
Outra
operação, a Sépsis, também lançou suspeitas sobre Geddel, relativas ao
pagamento de propinas para conseguir créditos no Fundo de Investimentos do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa. G1