Veja os
gastos da seca em nosso município.
33.000,00
Para locação de carros-pipa
48.000,00 Para limpeza de aguadas
18.000,00
Para compra de cesta básica
E mais 500 cestas básicas, 2 toneladas de
feijão e 1 de arroz doados pelo Governo do Estado.
É importante colocarmos que há mais de 5
(cinco) anos que o município sempre vem a decretar situação de emergência por
conta de estiagens; contudo, as mesmas foram passageiras e não tão danosas, estamos
prestes a entrar em situação de desastre e calamidade pública.
Mairi é
uma cidade agro-pecuarista. O comércio, que na última gestão cresceu muito, vê
o colapso bater em suas portas. Hoje, segundo dados de comerciantes locais, se
vende menos de 50% do vendido na mesma época de anos anteriores e, as pessoas
não estão conseguindo pagar as suas
prestações, aumentando mais ainda o desespero de muitos comerciantes.
Não se vende mais leite ou gêneros do mesmo na
cidade. O preço da carne aumentou, mesmo tendo caído e, muito, o preço dos
animais abatidos. O desemprego tem aumentado e as pessoas estão em dificuldades
de honrar os seus compromissos.
Na zona rural a pastagem e as águas acabaram.
Animais estão morrendo ou tendo que migrar para outras regiões do Estado ou
fora dele. Aqueles criadores que continuam com seus rebanhos no município estão
condenados a perdê-los. Todas as previsões são para poucas chuvas de inverno e
uma trovoada tardia.
Segundo a ADAB-Mairi, oficialmente já deixaram
o município, aproximadamente, mais de 10.000 (dez mil) animais e, a cada dia
esse número aumenta.
O município de Mairi vem
desenvolvendo ações de combate a longa estiagem que assola a nossa região,
atuando na distribuição de água, via carro-pipa, limpeza de aguadas e cacimbas,
além da instalação de poços que foram perfurados pelo Governo do Estado.
Segundo as Secretarias Municipais de
Agricultura e Infra-Estrutura, já foram limpas mais de 900 (novecentas) aguadas
em Mairi, ainda restando mais que o dobro desde número para ser feito. A
Prefeitura está gastando, mensalmente, mais de 20.000,00 (vinte mil reais) mês,
só com combustível para a manutenção dos veículos que estão destinados ao
combate da seca.
O Governado do Estado via CORDEC, em novembro
de 2011 conveniou cerca de R$ 23.000,00 com a Prefeitura para distribuição de
água. Agora em maio, estão previstos recursos para abastecimento, limpeza de
aguadas e distribuição de cestas básica. O montante do valor atingirá o patamar
de, aproximadamente, R$ 95.000,00. Entretanto, é concernente falar que todas
essas ações não resolverão o problema, apenas minimizá-lo por alguns poucos
dias.
Estamos caminhando para um período, como citei
acima, de calamidade pública. O município estará recebendo o auxilio do
exército para o abastecimento de água. Contudo, aonde vai se tirar essa água
daqui a 30, 40 dias? Em São josé do jacuipe ?
Os produtores rurais estão exauridos. Sem
palma, mandacaru e pastagem o rebanho tende a ser dizimado, uma vez que as
rações, em apenas quarenta dias aumentaram quase que 100%.
Outra ação da Prefeitura foi arrumar pastagens
para que os agricultores familiares do município possam retirar parte do
rebanho que ainda resistem para a cidade de Amélia Rodrigues. Cabe salientar
ainda, que o Governo Federal disponibilizou crédito para os agricultores e
criadores dos municípios em situação de emergência e, que tais recursos já se
encontram disponíveis nos Bancos oficiais.
Informações
e Fotos: Mairi News