Os agricultores
familiares baianos dos 232 municípios que decretaram situação de emergência por
causa da seca poderão sacar, a partir desta segunda-feira (14), nas agências do
Banco do Nordeste (BNB), o crédito emergencial. A informação foi prestada pelo
superintendente estadual da instituição, Nilo Meira Filho, durante reunião de
trabalho com o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles.
Com juros de
1% ao ano para pequenos agricultores (até R$12 mil), e de até 3,5% ao ano para
os grandes (de R$12 mil a R$100 mil), os recursos serão utilizados como capital
de giro, investimento e custeio para todas as despesas inerentes à agricultura
e agropecuária, demandas urgentes e comuns aos agricultores dos municípios que
decretaram estado de emergência. O agricultor conta ainda com um bônus de
adimplência de 40% sobre as parcelas de financiamento pagas em dia. “A partir
de segunda, os beneficiários do Pronaf B, com renda familiar anual de até R$ 6
mil, devem procurar o BNB, onde terão auxílio para apresentação da proposta”,
explicou Meira.
De acordo
com informações do BNB, os produtores inseridos nos demais grupos do Pronaf,
com faixa entre R$ 2,5 mil e R$ 12 mil, após seguirem as mesmas recomendações,
terão as propostas aprovadas em até 48 horas pelo agente financeiro, com
desembolso imediato. Em relação a valores entre R$ 12 mil e R$ 100 mil, este
prazo se estende, e o banco tem até dez dias para liberação dos recursos. Todos
os beneficiários terão até oito anos para pagar e três anos de carência.
Os
agricultores, cujo limite de saque pode alcançar R$ 12 mil, deverão preencher
proposta informando os investimentos que serão feitos a partir da liberação do
montante. Os financiamentos priorizam projetos de combate aos efeitos da longa
estiagem e de convivência com a seca, como por exemplo, implantação de projetos
de irrigação ou compra de ração. De acordo com as normas estabelecidas, 35% do
crédito emergencial serão destinados ao custeio, e 65% servirão para
investimentos.
O
superintendente de Agricultura Familiar da Seagri, Wilson Dias, lembrou que o
crédito emergencial tem o objetivo de ajudar os agricultores a salvar seu
rebanho, nesse primeiro momento, e depois, estruturar a propriedade e
reintroduzir novos animais, “para que ele possa ter vida normal de produção e
renda”.