A quantidade de mamografias,
exames de toque e biopsias para diagnóstico do câncer de mama no Sistema Único
de Saúde (SUS) ainda está abaixo da meta estabelecida em 2004 pelo Ministério
da Saúde. Segundo uma estimativa divulgada pela médica e pesquisadora da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Gulnar Azevedo, apenas 30% das
brasileiras com idade entre 50 e 69 anos têm acesso à mamografia e exames
complementares de diagnóstico. “Há um consenso entre as autoridades de saúde do
Brasil e do exterior, que sinaliza para a realização deste exame a cada dois
anos – mesmo sem sintomas - e o ideal seria que a cobertura atingisse 70% deste
universo de mulheres”, afirma.
A pesquisadora participou do fórum
“Controvérsias e desafios para o controle do câncer de mama” que ocorreu nesta
sexta-feira (28), no Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da
Bahia (ISC). De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, a Bahia teve
cerca de três mil novos casos de Câncer de Mama em 2013, 22% só em Salvador.
Segundo a pesquisadora baiana e integrante do Conselho Nacional de Direitos da
Mulher, Estela Aquino, isso ocorre porque o padrão demográfico tem mudado no
país e ainda há deficiência com diferenças regionais na organização de
programas que interfiram na prevenção e qualidade de vida das mulheres.