O prefeito de Mairi Raimundo de
Almeida Carvalho (PDT). Segundo Carvalho, a maioria dos municípios que dependem
exclusivamente de FPM, como o dele, sofre de maneira desesperada a falta de compreensão
do Governo Federal.
“Nós recebemos uma média mensal de
R$ 800 mil de FPM e precisaríamos, no mínimo, de R$ 1,5 milhão para administrar
o município decentemente”, lamenta.
O prefeito ressalta que no início
o Governo Federal bancava 80% dos recursos do programa Saúde da Família e os
municípios arcavam com 20%. “Hoje, essa equação se inverteu e tudo acaba nas
costas do município”. O município hoje está há cinco anos em situação de
emergência, com o salário do funcionalismo atrasado há três meses e, caso não
haja mudança no quadro, ele vai ter que devolver os programas federais.
Para piorar, Carvalho diz que a prefeitura
ainda tem de arcar com combustível das viaturas, moradia e alimentação das
polícias militar e civil e com o pagamento do salário dos funcionários do fórum
e de outros órgãos estaduais e federais, sob o risco de não ter esses serviços
funcionando no município.
E essa é uma prática
generalizada, denuncia. “O Governo Federal e o congresso estabelecem piso salarial
dos trabalhadores da Saúde e Educação, mas não mandam o complemento da receita.
Como fecha a conta?”, questiona.