Para o advogado especialista em
direito eleitoral, Ademir Ismerim, a campanha “praticamente acabou porque não
tem meios de contato com o eleitor”. “É uma eleição muito atípica. Você não em
meios de fazer propaganda, e no final as carreatas e passeatas acabam
proibidas”, afirmou.
Na visão de Ismerim, a campanha
restrita à internet dificulta o conhecimento dos eleitores sobre os candidatos.
“Quem está na internet, normalmente, já tem um candidato. Ali é um famoso bate
boca. Você nunca ouviu alguém dizer que vai ligar a internet para achar um
candidato. Fica restrito a isso. Tem que se considerar que são 417 municípios,
muitos pequenos, em que não há o hábito
de utilização da internet”, disse.
O especialista ainda crê que o
adiamento das eleições não se justificou. “O adiamento se justificava por conta
da diminuição da Covid e para ser uma eleição mais próxima da realidade. Quando
adia a eleição e, ao mesmo tempo tem tanta proibição, do ponto de vista
político não atinge os objetivos, porque os atos continuaram proibidos”,
concluiu.