A Coca-Cola divulgou, nesta
terça-feira, um comunicado em resposta a um consumidor que alega ter encontrado
um rato dentro de uma garrafa ainda lacrada. O caso de Wilson Batista Rezende
foi registrado em dezembro de 2000 e noticiado há cerca de dez dias na TV
Record.
Ele comprou um pacote com seis
garrafas no supermercado na cidade de São Paulo, e "sentiu os órgãos
queimarem" ao consumir uma delas.
“Ingeri meio gole de uma das seis
garrafas de dois litros de Coca-Cola contaminada com restos de rato, e senti
corroer meu esôfago, língua e estômago. Foi quando cuspi o restante para fora
da boca, desesperado e com a indescritível ardência, literalmente por todo meu
aparelho digestivo. Verifico o copo que me servi e percebo pequenos fios de
pelos de ratos junto ao líquido”, explica Wilson no perfil dele no Facebook.
Em resposta, a Coca-Cola afirmou:
“Todos os nossos produtos são
seguros e os ingredientes utilizados são aprovados pelos órgãos regulatórios,
em um histórico de 127 anos de compromisso e respeito com os consumidores. Os
nossos processos de fabricação e rígidos protocolos de controle de qualidade e
higiene tornam impossível que um roedor entre em uma garrafa em nossas
instalações fabris. Lamentamos o estado de saúde do consumidor, mas reiteramos
que o fato alegado não tem fundamento e é totalmente equivocada a associação
entre o consumo do produto e o seu estado de saúde”.
Wilson Rezende ficou com sequelas
após o incidente, com dificultades motoras e de fala. O consumidor entrou com
um processo na Justiça para cobrar uma ação da Coca-Cola. Desde então tenta
provar que a bebida foi a responsável pelos problemas de saúde dele. Wilson
alega, por meio de atestados de laboratório e médicos, que havia restos de
ratos nas garrafas.
Segundo Wilson, um representante
da empresa foi até a casa dele e pediu que entregasse as garrafas de Coca-Cola.
Ele decidiu manter algumas delas - a garrafa que ele já tinha consumido e a que
havia identificado um objeto estranho, que seria uma cabeça de rato. Para
conseguir alguma resposta da empresa e da Justiça, Wilson já fez até greve de
fome.