Cientistas divulgaram nesta quarta-feira (11) que uma vacina experimental contra a Aids conseguiu livrar um grupo de animais do vírus da imunodeficiência símia (SIV, similar à "versão" humana, o HIV). Além disso, o resultado se mostrou persistente: alguns dos animais já estão há três anos sem sinais do SIV e isso, afirmam os cientistas, pode persistir por toda a vida deles.
O estudo foi divulgado na revista especializada Nature. Os cientistas usaram uma versão mais agressiva do SIV para infectar um grupo de macacos-rhesus. Após a doença se manifestar, os animais foram vacinados e metade deles não teve melhoras, mas os demais foram "curados funcionalmente", ou seja, não têm traços detectáveis do vírus no corpo.
Os cientistas explicam que a diferença dessa substância é que ela usa um vírus para "entregar" a vacina ao corpo. "Ela usa um agente persistente (CMV) como vetor da vacina. O CMV persiste indefinitivamente no corpo em níveis muito pequenos, o que provê estimulação antigênica suficiente para o sistema imunológico manter altas frequências de células T diferenciadas.
Para usar uma analogia militar, este nível de estimulação imunológica é o suficiente para manter armados soldados anti-SIV patrulhando todos os tecidos nos quais células infectadas pelo SIV possam estar", diz ao Terra Louis Picker, da Universidade da Oregon Health & Science University, nos Estados Unidos. Bahia Noticias