Em 1591 a bandeira de Gabriel
Soares de Sousa, partiu do Rio Jaguaripe para Jacobina, em busca de minas de
ouro e de prata. Em 10 de abril de 1655 grande sesmaria concedida a João
Peixoto Vieiras pelo Governador D. Jerônimo de Ataíde (6º), Conde de Atouguia
(1654-1657), entre os Rios Paraguaçu e Jacuípe até suas nascentes. Em 1795, foi
construída a capela da Santa Cruz, por monges liderados por Frei Apolônio de
Todi e os moradores. Em 1808 Saturnino Gomes de Oliveira registra a fazenda
Santa Rosa de onde se originou a cidade de Mairi. Em 1822, o segundo proprietário
da fazenda Santa Rosa, mudado o nome para Monte Alegre, faz doação de cem
braças quadradas para edificação da capela sob a invocação de Nossa Senhora das
Dores.
Frei Apolônio de Todi
Na região da Úmbria, próximo a
Assis, está Todi. Nessa cidade do centro da Itália nasceu Frei Apolônio que,
entre nós, celebrizou-se como Frei Apolônio de Todi, numa alusão à sua terra de
origem.
Frei Apolônio nasceu em 23 de
janeiro de 1747. Ainda muito jovem ingressou na Ordem dos Capuchinhos. Foi
ordenado sacerdote em 1772, contando então com 25 anos de idade. Poucos anos
depois, transferiu-se para o Brasil, onde viveu sua vocação missionária. Morreu
no dia 14 de julho de 1828.
Sem dúvida, Frei Apolônio de Todi
foi o primeiro religioso a adentrar as nossas caatingas para realmente
missionar. Podemos dizer que o Evangelho entrou no sertão através do seu verbo
e do seu testemunho.
Euclides da Cunha chegou a
chamá-lo de “apóstolo dos sertões”. Quis o célebre escritor, dessa forma,
reconhecer o talento e a bravura do capuchinho, mostrando a importância do
mesmo na formação da nossa história regional.
Em grande parte da Bahia o frade
italiano deixou sua marca. Do sertão, passando pelo Recôncavo, ele chegou até o
sul do Estado. Muitas cidades por onde passou, guardam ainda um sinal da sua
atuação missionária.
Da redação do blog Mairi News