Mr Ynet

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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Entrevista: Professor Barros Revolução Silenciosa


ENTREVISTA: PROFESSOR BARROS

REVOLUÇÃO SILENCIOSA

Está em curso há décadas uma revolução pedagógica silenciosa que visa manipular as massas, tornando-as cada vez mais ignorantes e submissas a elite global. Este projeto está sendo orquestrado pela chamada  NOVA ORDEM MUNDIAL. As suas premissas estão baseadas nos resultados da pesquisa psicopedagógica. Suas consequências serão desastrosas a própria inteligência humana, criando problemas cognitivos e atrofiando a capacidade de discernimento das novas gerações.

José Antônio da Silva Barros, de 69 anos, natural de São Luís do Maranhão, que atuou por mais de 30 anos como professor da rede estadual  na cidade de Mairi onde está radicado desde a década de 70.  Ao ser procurado para conceder a entrevista foi, de chofre, parafraseando o professor Olavo de Carvalho que afirma, com todas as letras, que qualquer profissional para se manter atualizado na sua área precisa ler pelo menos cem livros por ano sobre o assunto de sua especialização e correlatos.

É um caso raro de professor que por ser eclético por natureza consegue fazer incursões em várias áreas o que lhe permite ter uma percepção bastante aguçada e, consequentemente, uma visão de conjunto dos problemas que afligem o mundo atual, mormente no campo da educação no qual atuou e conviveu com os problemas inerentes a atividade. Vale ressaltar que dedicou mais da metade da sua vida ao magistério. Ao longo desse período, tem se debruçado sobre vários temas e percebeu através de seus estudos, observações, análises e pesquisas que existe realmente um projeto global que está em andamento há décadas, cujo objetivo precípuo é impingir a sociedade novos padrões de vida, uma nova ética, novos valores, bem como modificar radicalmente as atitudes, os comportamentos e os sentimentos das pessoas. Trata-se de uma revolução silenciosa que visa tornar a massa ignara mais ignorante. Segundo Pascal Bernardin citado ao longo da entrevista pelo professor, em questão, no seu livro MAQUIAVEL PEDAGÓGO que veio à lume em 1995 essa ética já faz parte dos programas escolares em todos os níveis em escala global e vem sendo comandada por especialistas do departamento de educação de diversos organismos de âmbito internacional como: ONU, OCDE, UNESCO, entre outros. A obra de Pascal Bernardin pretende ser um libelo contra esse estado de coisas. É bom frisar que se trata, a rigor, de uma verdadeira revolução social preconizada pela utopia comunista. Vale ressaltar ainda que essas técnicas nada tem a dever as famigeradas técnicas de lavagem cerebral. As primeiras vítimas como não poderiam deixar de ser, são os alunos. Os professores, por sua vez, também não escapam, uma vez que estão sendo adestrados para servirem de instrumentos dóceis dessa nova função com o concurso dos coordenadores, diretores e funcionários administrativos que precisam se adaptarem a essa nova realidade. Esses métodos são geralmente apresentados sob o disfarce de modernas técnicas de ensino e aprendizagem. Infelizmente, a maioria da população não tem o alcance para entender essas sutilezas, inclusive os mais letrados. Parece que estamos caminhando para o admirável mundo novo de ALDOUS HUXLEY.

SALVADOR – Em vários textos de sua lavra, o senhor cita Pascal Bernadin, Olavo de Carvalho, entre outros, que afirmam que a educação contemporânea tem servido para a imbecialização das pessoas e a prova cabal disso é a negligência do ensino cognitivo em favor de um ensino multidimensional e social. Como o senhor explica isso?

PROFESSOR BARROS – Mais uma vez, vou recorrer a Pascal Bernadin. Essa revolução a qual faço alusão é antidemocrática e totalitária. Visa formar massas ignorantes e submissas a elite global. Faz parte do arcabouço da chamada Nova Ordem Mundial. Tem sido imposta por meios sutis. O objetivo da escola atual não é oferecer formação intelectual tampouco  levar o aluno a adquirir conhecimentos. É transformar os alunos em agentes dessa transformação. A escola tem sido usada como instrumento de uma revolução cultural e ética. Visa, antes de tudo, modificar as atitudes e comportamentos das pessoas em escala planetária através de uma manipulação cultural. Para isso, são usadas técnicas de manipulação psicológica. Segundo o autor essas técnicas estão detalhadas numa obra intitulada A MODIFICAÇÃO DAS ATITUDES publicada pela Unesco ainda na década de 60.

SALVADOR – O senhor poderia citar alguma dessas técnicas de manipulação?

PROFESSOR BARROS – As técnicas de manipulação psicológicas são bastante conhecidas e seus resultados tem surtido efeitos. A princípio não foram desenvolvidas para essa finalidade. É evidente que ao longo do tempo foram aperfeiçoadas e adaptadas. Atualmente vem sendo utilizadas nos cursos de formação de professores de maneira velada, semi-velada ou até ostensiva. Pascal Bernadin na aludida obra expõe algumas técnicas que são largamente usadas, como: Submissão a autoridade de Stanley Milgran, tendência do ser humano ao conformismo de Asch, dissonância cognitiva desenvolvida por Festinger, normas de grupos de Sherif, entre outras. Quem quiser conhecê-las basta pesquisá-las e observá-las que são eficientes.

SALVADOR -  Quais os organismos internacionais que estão por trás de tudo isso?

PROFESSOR BARROS – Uma revolução não ocorre por si só, não acontece sem que tenha alguém por trás, sejam pessoas, grupos, partidos ou entidades. Precisa ser catalisada. Acredito que a ONU é o principal órgão. Há décadas vem sendo posto em prática um plano da elite globalista que segue pari passu uma agenda global que tem como ponto fulcral a criação de um governo mundial, no qual teremos um governo único, uma moeda única, uma religião única, uma língua única, enfim, que visa promover uma nova ordem mundial para o controle do mundo. Trata-se de um assunto que demanda uma ampla discussão e não cabe numa simples entrevista. Esse projeto está sendo executado paulatinamente há várias décadas sob os auspícios da ONU.

SALVADOR – Segundo Pascal Bernadin e outros estudiosos do assunto, trata-se de um projeto globalista que está em andamento há alguns anos. O que constitui o cerne desse projeto?

PROFESSOR BARROS – Como vem chamando a atenção o professor Olavo de Carvalho, a maioria das nossas leis vem prontas da  ONU e são implementadas sem passar pelo crivo do parlamento.  Em outras palavras, nosso futuro está sendo planejado lá fora. O pior é que nossos intelectuais não estão preparados para entender esse fenômeno, uma vez que a mente desses intelectuais, dos professores e da população em geral são formadas pela mídia que por sua vez, refletem o interesse da elite global. Sendo assim, a única fonte de informação da maioria da população são os meios de comunicação. Ademais, essas questões são levantadas apenas no establishment  acadêmico ou entre intelectuais independentes.

SALVADOR – Quem comanda esse projeto de poder?

PROFESSOR BARROS – Atualmente, existem três focos de poderes: o ocidental, o russo-chinês e o grupo islâmico que disputam entre si o controle mundial e que ora se digladiam, ora convergem. Como não poderia deixar de ser, todas as ações políticas que são implementadas no mundo tem como origem um desses focos. A elite global que comanda esse processo é formada por banqueiros e as grandes corporações com o beneplácito dos governos.

SALVADOR – Todas as vezes que se levantam essas questões, logo surge o velho chavão da teoria da conspiração. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
PROFESSOR BARROS – O próprio Bernadin faz essas análises a partir de documentos de fontes fidedignas publicados pelos próprios organismos internacionais aos quais já nos referimos. Portanto, não se trata de uma teoria da conspiração, tendo em vista que são textos oficias dessas instituições.

SALVADOR –  Quais as consequências de tudo isso?

PROFESSOR BARROS – Essa revolução foi encetada há algumas décadas. A baixa qualidade da educação, os altos índices de violência, o consumo de drogas, fazem parte da implementação desse projeto, uma vez que são necessários para a modificação das atitudes e comportamentos da sociedade como um todo. A preocupação da escola, nos moldes atuais não é o desenvolvimento intelectual e cognitivo. Os métodos pedagógicos visam formar cidadãos politicamente corretos e aptos a se encaixarem no contexto da nova ordem social. Daí a preocupação em introduzir disciplinas que tenham a haver com o social  e que são mais fáceis de aplicar as técnicas de manipulação psicológica que vem sendo desenvolvidas no sistema educacional. O que caracteriza a sociedade atual é a pobreza intelectual , que é fruto dessas distorções. A alta cultura, a cultura superior no Brasil foi sistematicamente destruída e seus efeitos funestos têm produzidos resultados nefastos. Pesquisas revelam que 50% dos alunos que frequentam ou são egressos das Universidades são analfabetos funcionais.

SALVADOR –  O senhor tem deixado claro em suas considerações que é visceralmente contra a teoria construtivista, bem como o método Paulo Freire. Poderia tecer algumas considerações sobre o assunto?

PROFESSOR BARROS – Concordo plenamente com o professor Olavo de Carvalho quando afirma que o método sócioconstrutivista não funciona a contento. O construtivismo parte da premissa básica de que só existem dois elementos:  O aluno e  o mundo. A partir daí o aluno fica solto diante do objeto tentando construir o seu conhecimento. Sendo assim, o professor tem seu papel reduzido. É preciso ter em mente que a educação é uma técnica, uma arte e não uma ciência, como faz questão de frisar o professor acima citado. No processo de ensino e aprendizagem é de capital importância a intermediação do professor. É preciso haver interação entre professor e aluno. O construtivismo, segundo alguns teóricos da educação, é um dos principais responsáveis pelo analfabetismo funcional que assola o país. No que concerne ao método Paulo Freire, não existe registro de  que alguém tenha sido alfabetizado por esse método. Como toda figura pública tem seus admiradores e detratores. Atualmente, Paulo Freire vem sendo contestado por vários teóricos da educação. O método em si pode ter até seus méritos, mas traz em seu bojo um viés ideológico. Visto por esse prisma, Paulo Freire é mais um ideólogo, um guru, um oráculo da esquerda do que propriamente um filósofo da educação. Segundo estudiosos do assunto, o método atribuído a Paulo Freire nada mais é do que plagio de um pedagogo americano. Com efeito, a qualidade da educação brasileira está longe de atingir os objetivos preconizados por teóricos que são cantados  e decantados em prosa e verso  e que_ diga-se de passagem_ são mais citados de que lidos como Piaget, Wygotsky, Paulo Freire et caterva. Os nossos alunos figuram nos últimos lugares nos testes internacionais ficando atrás de países do continente africano como, por exemplo, a Zâmbia e Serra Leoa.

SALVADOR –  Dentro dessa nova perspectiva, como o senhor ver a importância da valorização das diversidades?

PROFESSOR BARROS – Num mundo em que é cada vez maior a interdependência entre os povos não se pode conceber uma educação na qual não se leve em consideração as diversidades, o que seria contraproducente. A valorização das diversidades é um tema recorrente quando se fala em educação. Envolve uma ampla gama de aspectos.

Por: Professor Barros