ENTREVISTA:
PROFESSOR BARROS
REVOLUÇÃO
SILENCIOSA
Está
em curso há décadas uma revolução pedagógica silenciosa que visa manipular as
massas, tornando-as cada vez mais ignorantes e submissas a elite global. Este
projeto está sendo orquestrado pela chamada
NOVA ORDEM MUNDIAL. As suas premissas estão baseadas nos resultados da
pesquisa psicopedagógica. Suas consequências serão desastrosas a própria
inteligência humana, criando problemas cognitivos e atrofiando a capacidade de
discernimento das novas gerações.
José
Antônio da Silva Barros, de 69 anos, natural de São Luís do Maranhão, que atuou
por mais de 30 anos como professor da rede estadual na cidade de Mairi onde está radicado desde a
década de 70. Ao ser procurado para
conceder a entrevista foi, de chofre, parafraseando o professor Olavo de
Carvalho que afirma, com todas as letras, que qualquer profissional para se
manter atualizado na sua área precisa ler pelo menos cem livros por ano sobre o
assunto de sua especialização e correlatos.
É um
caso raro de professor que por ser eclético por natureza consegue fazer
incursões em várias áreas o que lhe permite ter uma percepção bastante aguçada
e, consequentemente, uma visão de conjunto dos problemas que afligem o mundo
atual, mormente no campo da educação no qual atuou e conviveu com os problemas
inerentes a atividade. Vale ressaltar que dedicou mais da metade da sua vida ao
magistério. Ao longo desse período, tem se debruçado sobre vários temas e
percebeu através de seus estudos, observações, análises e pesquisas que existe
realmente um projeto global que está em andamento há décadas, cujo objetivo
precípuo é impingir a sociedade novos padrões de vida, uma nova ética, novos
valores, bem como modificar radicalmente as atitudes, os comportamentos e os
sentimentos das pessoas. Trata-se de uma revolução silenciosa que visa tornar a
massa ignara mais ignorante. Segundo Pascal Bernardin citado ao longo da
entrevista pelo professor, em questão, no seu livro MAQUIAVEL PEDAGÓGO que veio
à lume em 1995 essa ética já faz parte dos programas escolares em todos os
níveis em escala global e vem sendo comandada por especialistas do departamento
de educação de diversos organismos de âmbito internacional como: ONU, OCDE,
UNESCO, entre outros. A obra de Pascal Bernardin pretende ser um libelo contra
esse estado de coisas. É bom frisar que se trata, a rigor, de uma verdadeira
revolução social preconizada pela utopia comunista. Vale ressaltar ainda que
essas técnicas nada tem a dever as famigeradas técnicas de lavagem cerebral. As
primeiras vítimas como não poderiam deixar de ser, são os alunos. Os
professores, por sua vez, também não escapam, uma vez que estão sendo
adestrados para servirem de instrumentos dóceis dessa nova função com o
concurso dos coordenadores, diretores e funcionários administrativos que
precisam se adaptarem a essa nova realidade. Esses métodos são geralmente
apresentados sob o disfarce de modernas técnicas de ensino e aprendizagem.
Infelizmente, a maioria da população não tem o alcance para entender essas
sutilezas, inclusive os mais letrados. Parece que estamos caminhando para o
admirável mundo novo de ALDOUS HUXLEY.
SALVADOR
– Em vários textos de sua lavra, o senhor cita Pascal Bernadin, Olavo de
Carvalho, entre outros, que afirmam que a educação contemporânea tem servido
para a imbecialização das pessoas e a prova cabal disso é a negligência do
ensino cognitivo em favor de um ensino multidimensional e social. Como o senhor
explica isso?
PROFESSOR
BARROS – Mais uma vez, vou recorrer a Pascal Bernadin. Essa revolução a qual
faço alusão é antidemocrática e totalitária. Visa formar massas ignorantes e
submissas a elite global. Faz parte do arcabouço da chamada Nova Ordem Mundial.
Tem sido imposta por meios sutis. O objetivo da escola atual não é oferecer
formação intelectual tampouco levar o
aluno a adquirir conhecimentos. É transformar os alunos em agentes dessa
transformação. A escola tem sido usada como instrumento de uma revolução
cultural e ética. Visa, antes de tudo, modificar as atitudes e comportamentos
das pessoas em escala planetária através de uma manipulação cultural. Para
isso, são usadas técnicas de manipulação psicológica. Segundo o autor essas
técnicas estão detalhadas numa obra intitulada A MODIFICAÇÃO DAS ATITUDES
publicada pela Unesco ainda na década de 60.
SALVADOR
– O senhor poderia citar alguma dessas técnicas de manipulação?
PROFESSOR
BARROS – As técnicas de manipulação psicológicas são bastante conhecidas e seus
resultados tem surtido efeitos. A princípio não foram desenvolvidas para essa
finalidade. É evidente que ao longo do tempo foram aperfeiçoadas e adaptadas.
Atualmente vem sendo utilizadas nos cursos de formação de professores de
maneira velada, semi-velada ou até ostensiva. Pascal Bernadin na aludida obra
expõe algumas técnicas que são largamente usadas, como: Submissão a autoridade
de Stanley Milgran, tendência do ser humano ao conformismo de Asch, dissonância
cognitiva desenvolvida por Festinger, normas de grupos de Sherif, entre outras.
Quem quiser conhecê-las basta pesquisá-las e observá-las que são eficientes.
SALVADOR
- Quais os organismos internacionais que
estão por trás de tudo isso?
PROFESSOR
BARROS – Uma revolução não ocorre por si só, não acontece sem que tenha alguém
por trás, sejam pessoas, grupos, partidos ou entidades. Precisa ser catalisada.
Acredito que a ONU é o principal órgão. Há décadas vem sendo posto em prática
um plano da elite globalista que segue pari passu uma agenda global que tem
como ponto fulcral a criação de um governo mundial, no qual teremos um governo
único, uma moeda única, uma religião única, uma língua única, enfim, que visa
promover uma nova ordem mundial para o controle do mundo. Trata-se de um
assunto que demanda uma ampla discussão e não cabe numa simples entrevista.
Esse projeto está sendo executado paulatinamente há várias décadas sob os auspícios
da ONU.
SALVADOR
– Segundo Pascal Bernadin e outros estudiosos do assunto, trata-se de um
projeto globalista que está em andamento há alguns anos. O que constitui o
cerne desse projeto?
PROFESSOR
BARROS – Como vem chamando a atenção o professor Olavo de Carvalho, a maioria
das nossas leis vem prontas da ONU e são
implementadas sem passar pelo crivo do parlamento. Em outras palavras, nosso futuro está sendo
planejado lá fora. O pior é que nossos intelectuais não estão preparados para
entender esse fenômeno, uma vez que a mente desses intelectuais, dos
professores e da população em geral são formadas pela mídia que por sua vez,
refletem o interesse da elite global. Sendo assim, a única fonte de informação
da maioria da população são os meios de comunicação. Ademais, essas questões
são levantadas apenas no establishment
acadêmico ou entre intelectuais independentes.
SALVADOR
– Quem comanda esse projeto de poder?
PROFESSOR
BARROS – Atualmente, existem três focos de poderes: o ocidental, o russo-chinês
e o grupo islâmico que disputam entre si o controle mundial e que ora se
digladiam, ora convergem. Como não poderia deixar de ser, todas as ações
políticas que são implementadas no mundo tem como origem um desses focos. A
elite global que comanda esse processo é formada por banqueiros e as grandes
corporações com o beneplácito dos governos.
SALVADOR
– Todas as vezes que se levantam essas questões, logo surge o velho chavão da
teoria da conspiração. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
PROFESSOR
BARROS – O próprio Bernadin faz essas análises a partir de documentos de fontes
fidedignas publicados pelos próprios organismos internacionais aos quais já nos
referimos. Portanto, não se trata de uma teoria da conspiração, tendo em vista
que são textos oficias dessas instituições.
SALVADOR
– Quais as consequências de tudo isso?
PROFESSOR
BARROS – Essa revolução foi encetada há algumas décadas. A baixa qualidade da
educação, os altos índices de violência, o consumo de drogas, fazem parte da
implementação desse projeto, uma vez que são necessários para a modificação das
atitudes e comportamentos da sociedade como um todo. A preocupação da escola,
nos moldes atuais não é o desenvolvimento intelectual e cognitivo. Os métodos
pedagógicos visam formar cidadãos politicamente corretos e aptos a se
encaixarem no contexto da nova ordem social. Daí a preocupação em introduzir
disciplinas que tenham a haver com o social
e que são mais fáceis de aplicar as técnicas de manipulação psicológica que
vem sendo desenvolvidas no sistema educacional. O que caracteriza a sociedade
atual é a pobreza intelectual , que é fruto dessas distorções. A alta cultura,
a cultura superior no Brasil foi sistematicamente destruída e seus efeitos
funestos têm produzidos resultados nefastos. Pesquisas revelam que 50% dos
alunos que frequentam ou são egressos das Universidades são analfabetos
funcionais.
SALVADOR
– O senhor tem deixado claro em suas
considerações que é visceralmente contra a teoria construtivista, bem como o
método Paulo Freire. Poderia tecer algumas considerações sobre o assunto?
PROFESSOR
BARROS – Concordo plenamente com o professor Olavo de Carvalho quando afirma
que o método sócioconstrutivista não funciona a contento. O construtivismo
parte da premissa básica de que só existem dois elementos: O aluno e
o mundo. A partir daí o aluno fica solto diante do objeto tentando
construir o seu conhecimento. Sendo assim, o professor tem seu papel reduzido.
É preciso ter em mente que a educação é uma técnica, uma arte e não uma
ciência, como faz questão de frisar o professor acima citado. No processo de
ensino e aprendizagem é de capital importância a intermediação do professor. É
preciso haver interação entre professor e aluno. O construtivismo, segundo
alguns teóricos da educação, é um dos principais responsáveis pelo
analfabetismo funcional que assola o país. No que concerne ao método Paulo
Freire, não existe registro de que
alguém tenha sido alfabetizado por esse método. Como toda figura pública tem
seus admiradores e detratores. Atualmente, Paulo Freire vem sendo contestado
por vários teóricos da educação. O método em si pode ter até seus méritos, mas
traz em seu bojo um viés ideológico. Visto por esse prisma, Paulo Freire é mais
um ideólogo, um guru, um oráculo da esquerda do que propriamente um filósofo da
educação. Segundo estudiosos do assunto, o método atribuído a Paulo Freire nada
mais é do que plagio de um pedagogo americano. Com efeito, a qualidade da
educação brasileira está longe de atingir os objetivos preconizados por
teóricos que são cantados e decantados
em prosa e verso e que_ diga-se de
passagem_ são mais citados de que lidos como Piaget, Wygotsky, Paulo Freire et
caterva. Os nossos alunos figuram nos últimos lugares nos testes internacionais
ficando atrás de países do continente africano como, por exemplo, a Zâmbia e
Serra Leoa.
SALVADOR
– Dentro dessa nova perspectiva, como o
senhor ver a importância da valorização das diversidades?
PROFESSOR
BARROS – Num mundo em que é cada vez maior a interdependência entre os povos
não se pode conceber uma educação na qual não se leve em consideração as
diversidades, o que seria contraproducente. A valorização das diversidades é um
tema recorrente quando se fala em educação. Envolve uma ampla gama de aspectos.