Dezessete dias após o rompimento
da barragem em Brumadinho, a Defesa Civil de Minas Gerais informou que o número
de mortos subiu para 165. Há 156 vítimas já identificadas, e 160 pessoas
continuam desaparecidas.
A operação de busca conta com 35
equipes em campo pela região. No total, há 352 profissionais engajados na busca
por desaparecidos. Os focos são na usina de Instalação de Tratamento de Minério
(ITM), na parte administrativa -refeitório, casa e estacionamento-, na área da
ferrovia e em locais com acúmulo de rejeito.
Segundo os profissionais
envolvidos, as buscas seguirão até sejam retirados todos os corpos ou até que
não seja mais possível encontrá-los. Para efeito de comparação, as buscas em
Mariana duraram três meses.
Na última segunda-feira (4), o
Corpo de Bombeiro de Minas Gerais iniciou uma nova fase de buscas, com mais
máquinas pesadas, como escavadeiras. Segundo a Defesa Civil, há 35 máquinas em
operação atuando nas buscas, 11 aeronaves e 19 cães.
A ideia é fazer um pente-fino
pela área devastada --cera de 3,96 quilômetros quadrados (equivalente a mais de
dois parques do Ibirapuera).
Apesar dos esforços,
internamente, alguns militares cogitam a hipótese de não ser possível encontrar
todas as vítimas. A barragem que se rompeu liberou cerca de 13 milhões de
metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, que já chegaram ao rio
Paraopeba, que passa pela região. Era uma estrutura de porte médio para a
contenção de rejeitos de minério de ferro da Vale e estava desativada. Seu
risco era avaliado como baixo, mas o dano potencial em caso de acidente era
alto. BN