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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Vídeo mostra momento exato de rompimento da barragem e avanço da lama em Brumadinho; veja


Uma câmera de segurança registrou o momento exato em que a Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, da Vale, se rompeu em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As imagens a que a TV Globo teve acesso foram cedidas pela mineradora a autoridades que investigam a tragédia.

Em nota divulgada nesta sexta-feira (1º), a Vale informa que disponibilizou as imagens às autoridades um dia depois do rompimento da barragem – o que aconteceu em 25 de janeiro – e que não divulga vídeos da ocorrência "para não prejudicar as investigações e, sobretudo, em respeito aos atingidos e familiares" 

Eram 12h28min25s de sexta-feira (25) quando a parte inferior do reservatório começou a ceder e liberou uma avalanche devastadora de rejeitos de mineração.

Em três minutos, tudo que estava abaixo da barragem foi completamente engolido pela lama, ao longo de uma distância de quilômetros.

Rapidamente, o "tsunami" destruiu parte do centro administrativo e do refeitório da Vale, máquinas de mineração, trem, uma ponte, casas, pousadas e currais. A vegetação e rios foram atingidos.

O mar de lama causou uma tragédia humana.

Números da tragédia
115 mortos confirmados – 71 identificados (veja a lista)
248 desaparecidos (veja a lista)
192 resgatados (veja a lista)
395 localizados
108 desalojados ou desabrigados

Um outro vídeo também flagrou a onda descendo pela mina. Primeiro, aparece uma poeira do lado esquerdo da imagem – ela sobe e se alastra. Depois, vem a lama.

Ao centro centro, veem-se uma estrutura da Vale, veículos e alguns funcionários da mineradora. Condutores de um veículo branco e de uma máquina tentam escapar, mas são cercados pelo mar de lama e somem.

Os corpos resgatados até o momento em Brumadinho estavam em regiões superficiais. A partir de agora, o trabalho das equipes de resgate dependerá de escavação. A operação precisará da estabilização do solo, o que deve torná-la mais lenta.

Desde sábado (26), não são achados sobreviventes. Para os bombeiros, é muito pequena a possibilidade de achar alguém vivo em meio ao mar de lama.

Nesta quinta, o porta-voz dos bombeiros afirmou: "Nós próximos dias, com certeza o número de corpos [encontrados] aumentará. Entretanto, a velocidade de avanço diminui, porque o trabalho é mais minucioso". G1