Adelmo Santos
Entendo que política é a Ciência
da governança de um Estado ou Nação e também uma arte de negociação para
compatibilizar interesses. Posso afirmar também que política, em palavras mais
abrangentes, é um conjunto de regras ou normas de uma determinada instituição
ou forma de relacionamento entre diversas pessoas para atingir um objetivo em
comum.
Nesse pensamento, busco há muito
tempo entender a política mairiense e sua funcionalidade social. Cada dia que
passa chego a triste conclusão que a política de Mairi, infelizmente, foge o
real significado da palavra e faz se perceber que não se vive uma política, mas
uma politicagem desacerbada e sem função. O povo está enraizado numa tradição
partidarista. Divididos e sem percepção da realidade.
Esta divisão social partidária
leva a política para longe de sua realidade e impede que seus objetivos sejam
atingidos, dando aos políticos o “direito” de eles “deitarem e rolarem”,
fazendo o que quer na cidade e formando uma carreira política de longos anos de
mandatos. Isso os levam a pensar que podem conseguir ser reeleitos simplesmente
por fazerem parte de uma sigla partidária que constitui a maioria. Essa divisão
precisa acabar urgentemente se queremos mudanças na cidade. Se queremos uma
cidade andando dentro da realidade política, precisamos nos unir urgentemente
contra essa má formação ideológica partidária, entendendo que Mairi precisa
avançar diante de novas políticas, longe das siglas partidárias. Formando um
novo conjunto de políticos que criem e executem leis para o bem comum da
cidade.
Leis essas que favoreça os mais
necessitados, produza formas de empregos viáveis para todos. Criando
estratégias para atrair empresas ou fábricas e, que com isso, abra caminhos
mais promissores para que nossos jovens sonhem e realizem seus sonhos aqui, sem
precisar se arriscar nas grandes capitais em busca de seus sonhos.
Não é de hoje que buscamos um
país mais justo. Uma sociedade mais segura por nossos representantes. Não é de
hoje que lutamos por igualdade social. Também não é de hoje que almejamos uma
Mairi sorridente e bem representada politicamente. Mas para que isso seja uma
realidade, precisamos nos unir agora, mais do que nunca. Precisamos nos
interessar mais por políticas. A politização social é o caminho da libertação.
Por isso eu sempre falo aos que
me ouvem: “As pessoas precisam começar a pensar de forma coletiva e não mais em
interesses individuais, pois enquanto não estivermos dispostos a mudar,
compreendendo de fato o que significa política na prática, jamais vamos conseguir
fazer Mairi “Sorrir” de verdade”.
De quatro em quatro anos, sai MDB
e entra DEM. Sai DEM e Entra MDB. Essa cultura vem desde o princípio. Se
estende desde os Intendentes, começando do Tenente-Coronel Manuel Alves Belas
(1901) à Patrício Francelino da Silva (1926). Chegando aos prefeitos; de Major
Nilo da Rocha Rios à José Bonifácio Pereira da Silva, na atualidade.
Ai alguns vêm me dizer que não.
“Não. Mairi agora está sendo representada por outra sigla”. Sim. De fato. Mas
tradicionalmente pelo mesmo grupo de sempre.
Isso precisa acabar, se não nada mudará dessa forma.
O povo precisa despertar para
realidade. É preciso entender que estamos em novas eras. Novas tecnologias e
novos avanços. É preciso inovação em todas as áreas, se quisermos melhorias.
Não é questão de globalização. É questão de liberdade em novas escolhas. Isso é
um grito da Democracia.
O século XXI, está aí nos
permitindo novos conhecimentos e mais informações. Morre na ignorância quem
decidiu parar, pois até mesmo quem é analfabeto sabe que o caminho do
conhecimento é a pergunta. É o diálogo. É a discussão calorosa e respeitosa.
Os “mairienses” estão lutando
contra si. Indo na contra-mão da realidade social e democrática. Elegendo
políticos por míseros empregos. Isso permite que as pessoas sejam humilhadas
ganhando menos de um salário mínimo. E vivendo abaixo da linha da pobreza. Sei
que isso não acontece somente na minha cidade, é uma realidade triste de nosso
país que atinge quase 26% da nossa gente, segundo relatório do Banco Mundial e
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em 2017.
Mairi precisa avançar com
urgência, isso não resta dúvidas. Mas para que isso aconteça precisamos nos
unir. Parar de pensar no nosso próprio umbigo e começar a inovar nossa câmara e
prefeitura com novas mentes; homens e mulheres que realmente se importe com o
povo e não na paixão exacerbada pelo poder.
Mairi não precisa de homens e
mulheres que tenham dinheiro para se eleger a base de compras de votos. Mairi
precisa é de homens e mulheres compromissados com o social, independentemente
de sua posição financeira ou econômica.
O povo mairiense precisa entender
que para se ter uma cidade mais justa é preciso saber escolher seus
representantes antes de confirmar seu voto nas urnas. Precisamos eleger quem realmente tenha
projeção social, no que tange respeito a solidariedade; que contemple o âmbito
missionário, resolvendo os problemas mais comuns como saúde, educação e
segurança pública.
Não precisamos vender nossos
votos por nada ou nos colocar à disposição de “cabresto”.
Todos que votam sob promessa de
emprego estão se colocando à disposição de “cabresto”. Não podemos vender a
nossa dignidade. Temos que conservar nosso caráter acima de qualquer coisa e de
tudo.
Políticos que compram votos não
são dignos de ocuparem cadeiras em gabinetes públicos, seja em câmara ou seja
em prefeituras. Os que agem dessa forma já estão dando sinais de que não
compreendem o significado de política e, se eleitos, cumprirão seu papel
fraudulento de levar a miséria e a disfuncionalidade da máquina pública.
Por tanto, para que Mairi volte a
sorrir devemos seguir à risca a legalidade, a democracia e a cumplicidade
social. Devemos buscar o melhor para todos e, não tão somente para o “EU”.
Agindo assim desenvolvemos uma sociedade egocêntrica, formando filhos
corruptores e uma sociedade governada por corruptos. Porque os corruptos não
existiriam sem os corruptores.
Concluo dizendo que Mairi tem
jeito sim. O que falta é o povo entender
sobre políticas sociais e esquecer a rivalidade interna por parte de partidos
‘x’ ou ‘y’.
E digo mais ainda: Além de inovar
e termos que nos unir. Temos que fazer os políticos entender que somos nós os
donos do poder e não eles.
Sou Adelmo Santos. Moro em Mairi,
povoado Alagoinhas. Formando em Ciências das
Contabilidades pela Faculdade do Riachão do Jacuípe-FARJ.