Ao menos seis dirigentes da Fifa
foram presos pela polícia da Suíça, na madrugada desta terça-feira (27),
acusados de corrupção. O departamento de Justiça americano, segundo o G1,
confirmou que o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José
Maria Marin, está entre os detidos. Uma reportagem do The New York Times aponta
que a ação foi promovida a pedido de autoridades americanas, que investigam a
votação para a escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 (Rússia) e 2022
(Catar). Em nota oficial, a Justiça suíça divulgou que os detidos são suspeitos
de receber milhões de dólares em subornos e aguardarão processo de extradição
para os EUA. Delegados de diversas federações de futebol participariam de um
congresso da Fifa em Zurique nesta sexta-feira (29), em que o atual presidente
da organização internacional, Joseph Blatter, buscaria seu quinto mandato.
Fontes da Justiça dos EUA teriam dito ao jornal que 14 pessoas ligadas à
entidade devem ser indiciadas por crimes como fraude, lavagem de dinheiro e
extorsão. Entre os citados pelo jornal, além de Marin, estão Webb (Ilhas
Cayman), vice-presidente da comissão executiva e presidente da Concacaf; Eugenio
Figueredo (Uruguai), que também integra o comitê da vice-presidência executiva
e até recentemente era presidente da Conmebol; Jack Warner (Trinidad e Tobago),
ex-vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Concacaf, acusado anteriormente
de inúmeras violações éticas; Julio Rocha (Nicarágua), presidente da Federação
Nicaraguense; Costas Takkas; Rafael Esquivel; Nicolás Leoz, ex-presidente da
Conmebol.BN