Prefeitos baianos desembarcam
hoje na Capital Federal para participar da 18ª Marcha a Brasília em Defesa dos
Municípios, que acontece até o dia 28 de maio. A presidente da UPB, prefeita
Maria Quitéria confirmou presença junto com toda a diretoria e presidentes de
consórcios intermunicipais. A marcha anual de prefeitos a Brasília chama
atenção para a necessidade de rever o pacto federativo, o que inclui o papel
das diferentes esferas de governo nos gastos com educação, saúde e saneamento
básico.
Gestores que visitaram a UPB nos
últimos dias falaram da expectativa em torno dos debates nesta Marcha:
vice-presidente institucional da
UPB e prefeito de Ruy Barbosa, José Bonifácio, afirma que a situação é
preocupante. “Nós estamos com grandes dificuldades”, lamenta. A preocupação dos
gestores, diz ele, “é com o estado de
pre falência hoje instalado. O governo federal tem transferido inúmeras
responsabilidades aos municípios e promovido um enxugamento nos repasses cada
vez maior. É uma conta que não tem como fechar. Os gestores estão se
transformando em pagadores de folha, sem ter condições de resolutividade”,
desabafou.
Os prefeitos reclamam da
burocracia no repasse de recursos emergenciais, da demora no reconhecimento da
Situação de Emergência por conta das chuvas ou da seca, das verbas destinadas
aos governos estaduais e que não chegam aos Municípios, na perda agrícola e
pecuária, na quantidade de cidadãos que pedem ajuda diariamente e na redução de
repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) – motivo de agravo neste
período de tantos problemas.
Essa é a décima vez que o
prefeito de Mutuípe, Luís Carlos Cardoso vai à Marcha a Brasília em busca de
melhores recursos. “Nesse movimento, espero que tenhamos uma melhora no repasse
do FPM, a desvinculação dos recursos federais do índice de pessoal das
prefeitura, e a expectativa da definição da reforma política. Mas para mim, a
prioridade é com o índice de pessoal”.
Estreante no evento, a prefeita
de Maragogipe, Vera Lúcia Maria dos Santos vai para a Marcha pela primeira vez.
“Espero que a gente volte com um bom resultado, pois a queda de receitas,
emendas que não foram empenhadas estão nos prejudicando. Vamos lá para cobrar
dos ministérios mais recursos para nossas administrações. Entre as prioridades
estão os repasses dos municípios e a questão da reforma política”.
O prefeito de Catu, Geranilson
Dantas Requião, vai à Brasília pela segunda vez. Para ele, “a expectativa é que
a gente consiga alcançar alguns objetivos na pauta há algum tempo. O aumento do
repasse do FPM e a reforma política são temas importantes para este movimento”,
destacou.
