O Ministério da Educação (MEC)
deve anunciar dentro de alguns dias o próximo passo para a implementação das
escolas cívico-militares no país. O projeto piloto do governo federal começou
nesta semana em quatro unidades escolares do Distrito Federal. As ações para
ampliação do programa só precisa dos ajustes finais antes do lançamento da
política.
Por meio de nota, o MEC
justificou a iniciativa pelos altos índices de criminalidade brasileiros. Atualmente, são 120 escolas em 17 estados do
país com o modelo, a maior parte em Goiás, com 50 estabelecimentos de ensino,
de acordo com levantamento da Polícia Militar do Distrito Federal (DF). Na
conta ainda não estão incluídas as escolas do DF.
"O Ministério da Educação
buscará uma alternativa para a formação cultural das futuras gerações, pautada
no civismo, na hierarquia, no respeito mútuo, sem qualquer tipo de ideologia,
tornando-os desta forma cidadãos conhecedores da realidade e críticos de fatos
reais.", diz a nota. De acordo com o ministério, são considerados também o
desempenho positivo dessas escolas e os "elevados índices nas
avaliações".
O modelo de escola, segundo o
MEC, "contará com a participação de vários segmentos da sociedade. Cada
ente envolvido, dentro de sua esfera de competência, terá importância
fundamental para a construção de um Brasil melhor. Essas unidades de ensino serão
voltadas para as famílias que concordam com essa proposta educacional".
Para ser implementado, o modelo precisa da participação de estados e
municípios.
Moral e cívica - Com a ampliação
das escolas cívico-militares, voltou ao debate a inclusão da disciplina
educação moral e cívica em sala de aula, que é defendida pelo ministro da
Educação, Ricardo Vélez. No Distrito
Federal, nas escolas cívico-militares, haverá aula de ética e cidadania.
Sob o nome educação cívica, moral
e física da infância e da juventude, a disciplina tornou-se obrigatória no
governo de Getúlio Vargas, em 1940. O objetivo era a formação da consciência
patriótica. A disciplina foi adotada também em 1969. Instituída por decreto,
tinha como objetivos a preservação, o fortalecimento e a projeção dos valores
espirituais e éticos da nacionalidade;
culto à pátria, aos seus símbolos, tradições, instituições e aos grandes
vultos de sua história; o aprimoramento do caráter, com apoio na moral, na
dedicação à família e à comunidade, entre outros.
Com informações da Agência Brasil